-
Arquitetos: Losada García ; Losada García
- Área: 1220 m²
-
Fabricantes: Shildan
Descrição enviada pela equipe de projeto. O Centro Cultural La Gota é um edifício híbrido para espaços de exposição que tem como objetivo criar um novo foco de centralidade urbana em Navalmoral (Cáceres), exibindo a identidade da cidade. A etimologia está enraizada em um edifício antigo construído no mesmo local, por volta de 1930, para lidar com o problema da desnutrição infantil através do projeto "Gotas de Leite"
Compreende espaços temporários, exposição permanente do pintor Sofia Feliu e um Museu do Tabaco. A geometria do Centro é atribuída à estrutura da planta de tabaco dentro do princípio de igualdade e diversidade que também vemos nestes vegetais - as folhas são similares mas diferentes ao mesmo tempo. O edifício contém um núcleo central de comunicação vertical e uma estrutura que a planta apresenta morfologia e tamanhos similares, mas com diferentes alturas e características que são levemente compensados.
No interior, o projeto traz a atmosfera de luz dos edifícios responsáveis pela secagem das folhas de tabaco através de uma parede vazada em cerâmica inspirada pelos tijolos tradicionais encontrados neste tipo de edifício. A luz entra - nos espaços onde o programa permite - através de aberturas na fachada. Isso produz uma fachada desmaterializada com geometria refinada, que permite a filtragem da luz do sol através das paredes.
A estrutura pós-tencionada do edifício permite, através de reforços ativos, grandes vãos e redução da espessura das vigas. O sistema aumenta a capacidade de carga do concreto, reduzindo sua deformação e aumentando sua vida útil. O que torna então o uso do material mais eficiente, além da redução do peso geral da estrutura.
Os cinco pavimentos do Centro são dispostos em cinco volumes em forma de caixa que estão deslocados um em relação ao outro e um por cima do outro.
A fachada é feita de uma dupla camada composta de uma parede de vidro e um pano de tijolos chamado FLEXBRICK. Desta forma um espaço térmico é criado e dirige as vistas a partir do interior, prevenindo o aquecimento durante as estações de verão e forma uma imagem semelhante aos edifícios de secagem do tabaco.
A parede verde estende o Museu do Tabaco ao exterior, atuando como uma parede didática, com espécies de tabaco e plantas nativas da região. Esta estratégia também permite o resfriamento do edifício nos meses de verão com uma consequente economia de energia. O Centro possui um certo espaço entre o edifício vizinho, permitindo a criação de uma praça pública limitada pela parede verde em um dos lados e a parede vazada de tijolos no outro.
A fachada é um sistema industrializado de cerâmica flexível que cobre todo o edifício, com diferentes desenhos que são produzidos por um jogo de claridade e escuridão no interior. O sistema é constituído por barras de aço trançadas, em que as peças de cerâmica são inseridas na rede, permitindo flexibilidade, versatilidade e variabilidade.
A fachada cerâmica é dividida em módulos de 1.00m. e 0,75 m. que são combinados para formar o desenho exterior que faz referência aos edifícios de secagem do tabaco. A malha de cerâmica está abraçando as guias superiores aparafusadas às lajes e amarrados a um ponto de ancoragem em relação ao vento na parte inferior.
Originally published on 16 December, 2015